Castiça

“Eu queria ter uma casa das de renda limitada”. Pode o fado ser Manifesto? Uma Castiça a céu aberto para dizer o que urge e inquieta nesta “cidade onde vivo a pressa constante de sobreviver”.

“Ai, Lisboa, como eu quero, é por ti, que eu desespero”
Uma iniciativa criada em plena pandemia para retratar com arte e amor a realidade que se vive hoje, para que não nos esqueçamos amanhã.
A Castiça sai fora da caixa para trazer a rua para dentro do fado. Ou será o contrário, e ela entra na caixa do ecrã para levar a música, o sorriso, a emoção de volta à rua?

CASTIÇA
Telma Pereira, André Silva, Miguel Silva, Ryan Green, Ana Margarida Leal, Afonso Guerreiro, Salomé Machado
Vídeo: Catherine Boutaud / Áudio: Miguel Moraes CabralUma produção: LARGO ResidênciasCom apoio: Câmara Municipal de Lisboa e Fundação Calouste Gulbenkian

Os Corpos que Pensam

OS CORPOS QUE PENSAM (Thinking Bodies)
Portugal, França, 2017, 22’

«Escrevo-te num sopro. A minha vida pode voar se eu não lutar. Contra mim, contra o vento. Contigo, podia desafiar tempestades. Para ti, podia desafiar tempestades. Porque amanhã não sei onde estarei, num sopro, mando-te todo o amor que puder.»

A minha irmã tem 15 anos quando escreve essas palavras. Ela sofre de anorexia. 12 anos depois voltamos a este período que nos ligou e marcou profundamente.

Os corpos que pensam é um filme epistolar construído à volta da correspondência escrita entre a minha irmã e eu, de 2004 a 2007. Durante estes anos, as cartas foram o nosso meio de comunicação quando nos encontrávamos longe uma da outra. São testemunhas desta prova, da ligação intensa que construímos durante este período. O filme evoca o luto da infância e a passagem à idade adulta. Para ambas, a fase transitória – mas essencial – da adolescência não foi pacífica. A adolescência da minha irmã era a doença. O corpo – físico e psicológico – acompanha-nos ao longo do documentário. O corpo como memória, através das marcas e cicatrizes; o corpo mentalizado, que transforma a realidade; o corpo violentado, através da doença; a redescoberta do próprio corpo, elemento de reconquista e de reapropriação de si mesma. As sequelas da doença continuam presentes. O corpo da minha irmã rejeita o que a mente não consegue aguentar.
Hoje, além de tudo, uma furiosa vontade de viver, de reconstruir o que foi destruído.

Apoio: Région Nouvelle Aquitaine
Festivais: IndieLisboa 17′ (melhor filme da competição Novíssimos), Fike 17′, Ficsam 17′ (prémio do público para melhor curta-metragem), Family film Project 18′, LISFE 18′, World film Festival 19′
Realização e montagem CATHERINE BOUTAUD
Produtor BEAR TEAM PRODUCTION (ADONIS LIRANZA, LAURÈNE BELROSE) Imagem e som MIGUEL MORAES CABRAL, CATHERINE BOUTAUD Montagem som e mistura MIGUEL MORAES CABRAL – WALLA COLLECTIVE Correção de cor JULIA MINGO Música original MARIA PANDIELLO

Os Caminhos de Jorge

Assistente de realização e direção de som

OS CAMINHOS DE JORGE

63 min / Portugal / 2013
festivais: DocLisboa 13′ (menção especial do júri), Torino film fest 13′

“Jorge é amolador. Não pára nunca. O seu caminho é longo, por vezes perigoso. Concerta, arranja, cuida e desperta memórias enterradas. À sua volta, pouco a pouco, o mundo transforma-se.”

Junto

Fotografias, vídeo, ilustrações e instalação-mobile para o espectáculo JUNTO

JUNTO revela uma cenografia interativa, composta por camadas de tecidos espalhados pelo palco, convidando-nos à diversas perspectivas. Pede uma proximidade concreta com os bailarinos, levando-nos aos poucos, a mergulhar no palco-cenário. É um espetáculo-instalação que acolhe pessoas dos 0 aos 3 anos, as suas famílias e amigos, desejando criar um encontro intergeracional.

Encenação e criação: Mariana Lemos / Criação e performance: Clara Bevilaqua e Guilherme Calegari / Produção e serviço educativo: Lysandra Domingues / Criação sonora: Pedro Boléo Rodrigues e Coletivo Lagoa / Desenho de luz: Sérgio Moreira / Figurino: Rita Gonzaga Gaspar / Confecção dos figurinos e adereços com apoio do Atelier Maria Gonzaga / Cenografia: Baileia – arte e infâncias / Vídeo, fotografia e instalação-móbile: Catherine Boutaud / Captação e edição: Rui Santos / Músicos: Francesco Valente, Pedro Boléo Rodrigues / Estúdio de gravação: Pimenta Preta / Apoio à criação: cem-centro em movimento / Apoio: Fundação GDA
Um projeto do Coletivo Lagoa, em co-produção com o Teatro da Trindade/Fundação Inatel

Famílias daqui e dacolá

BRASIL //

Famílias daqui e de acolá no Brasil foi um atelier de realização de 1 mês com adolescentes da periferia sul de São Paulo. Faz parte de um tríptico que teve lugar em Paris, Lisboa e São Paulo e que questiona as temáticas da família e das origens. Co-realização com Pierre Primetens (ideia original).

Após cada semana de oficina fizemos vídeos que retratam o processo e a evoluição do trabalho coletivo onde os jovens contam a sua experiença pessoal e coletiva.

PORTUGAL //

Famílias daqui e de acolá em Portugal foi um atelier de realização de duas semanas com adolescentes do bairro Portugal Novo. Faz parte de um tríptico que teve lugar em Paris, Lisboa e São Paulo e que questiona as temáticas da família e das origens. Co-realização com Pierre Primetens (ideia original).

A Festa dos Rapazes

Co-montagem do filme “A Festa dos Rapazes” de Pierre Primetens

“Há já alguns anos que, Aveleda, pequena vila no nordeste de Portugal, está a morrer. No entanto, na época do solstício de inverno, os rapazes solteiros que vivem e trabalham na cidade vizinha de Bragança, mas também no Porto, em Lisboa e no exterior voltam para celebrar a vila e seus antepassados, imortalizando um ritual de iniciação à idade do homem: A Festa dos Rapazes.”